Mito 10: Os terapeutas são todos iguais

A pessoa que procura terapia tem, por vezes, uma imagem mental sobre "como é um terapeuta". Se essa pessoa não tiver tido nenhuma experiência anterior de terapia, essa imagem foi provavelmente construída a partir da representação dos terapeutas nos media. Ora, essa representação é frequentemente estereotipada. Pior, muitas vezes, é distorcida (até porque a boa terapia poderá não ser tão interessante para o público…). A verdade é que não existe uma definição única de "como é um terapeuta". Existe uma enorme variedade de modelos teóricos, e a maior parte dos terapeutas utiliza, na sua intervenção, uma combinação de elementos de vários modelos. Além disso, esta intervenção é feita no contexto da relação estabelecida entre o terapeuta e a pessoa, e esta relação é indissociável das caraterísticas de um e de outro.

Os terapeutas são muito diferentes entre si, quer na sua forma de intervir, quer na sua forma de estabelecer a relação terapêutica. Se considerarmos que as pessoas que procuram terapia são, também elas, todas diferentes umas das outras, facilmente concluímos que cada processo de terapia é um processo único.